10 membradas - 05
Esbocei um sorriso
O segurança continuou me olhando como se não fosse com ele
Disfarçou
Olhou para os lados
Para o coturno recém lustrado
E fingiu ter ouvido alguém chamar
Levemente deu as costas para mim
Por segundos
Quando virou-se novamente eu estava com a cabeça abaixada entre os ombros
Balançando-a em sinal de negativa
E sorrindo
Levantei a cabeça
E pude ver claramente ele soltar a presilha de segurança que mantém a pistola presa na frente do colete
Me olhou sob as sobrancelhas franzidas
Dando a entender que isso era um aviso
Com o dedo médio ajeitei meus óculos escuros
Joguei o corpo um pouco para trás e cruzei os pés por cima da mesa
Reclinando a cadeira apoiada apenas nos pés traseiros
Estiquei a mão
Peguei a garrafa e dei um gole na minha cerveja
Com as costas da mão esquerda limpei um pouco do líquido que escorria pelo canto da boca
Devolvi a garrafa à mesa fazendo barulho
Agora realmente alguém na sala ao lado havia chamado ele
O segurança olhou para o lado e acenou afirmativamente com a cabeça
Depois disse estar “tudo sob controle”
Estamos em uma loja de conveniência
O caixa 24 horas estragou
Um técnico realiza a manutenção sob a supervisão de cinco seguranças
Ninguém entra nem sai da loja, apenas o pessoal do posto de gasolina
Estou no meu horário de almoço e eles não têm autoridade para me pedir que saia da loja
Poderia facilmente mover um processo contra as três empresas
A que administra a loja
A dos caixas 24 horas
E a de segurança
O segurança nem imagina que estou pensando nisso
Muito menos que o seu emprego pode estar em jogo
Ou será que pensa?
Espero ele voltar a atenção para mim novamente
Mostro a língua pra ele
Muito rápido
Mas por tempo suficiente para que ele perceba
Tomo outro gole de cerveja
Sento a cadeira corretamente no chão
E me levanto para ir até o banheiro
Ele apenas acompanha com os olhos
Disfarçando
Assovia
Uma melodia estúpida e sem musicalidade alguma
A porta do banheiro tem problema na maçaneta e nenhum trinco improvisado
Mijo com a porta parcialmente aberta
O suficiente para que o técnico ouça na outra sala
A tranqüilidade do meu mijo talvez perturbe o seu serviço
A cerveja que eu tomo muito mais
Com certeza
Deixo o mijo ali, sem puxar a descarga
Lavo as mãos e retorno ao meu lugar
O segurança permanece irredutível
Imagino o suor correndo pelo seu corpo sob o pesado colete
A vontade de descarregar a pistola no primeiro idiota que provocá-lo
Um universo de frustrações contidas
Olho em sua direção por um momento e contenho o riso
Abaixo a cabeça escondendo um enorme sorriso com a mão
Percebo ele segurar firme o cabo da pistola
Ele quer intimidar
“Vestiu sua roupa de macho”
Está nervoso
Perdeu completamente a calma que mantinha até um instante atrás
Acho que ele chegou no ponto certo
Nem liga mais para a segurança da máquina
Está até tentando esquecer que tem mais quatro colegas aqui
Quanto dinheiro será que tem naquele caixa 24 horas?
Será que ele sabe?
Será que algum dos seguranças sabe?
O técnico, talvez...
Não
Acho que nenhum deles tem a mínima idéia
Mas, com certeza, se fosse um valor pequeno, não teriam enviado cinco
Apenas um ou dois seguranças
E talvez dois técnicos
Para agilizar o serviço
Não acho que estraguem tantos caixas por dia
E certamente a empresa possui mais de um técnico
Talvez uma dúzia
Porém, dois técnicos poderiam enganar dois seguranças
Talvez até suborná-los
Mas ainda assim haveria as câmeras da loja de conveniência
Eles poderiam negociar com os funcionários para que as câmeras que filmam o local fossem seqüencialmente desviadas por alguns minutos
Para criar uma “zona morta” que permitisse aos técnicos retirar uma quantia de dinheiro do caixa
Mas quem instalou as câmeras ou um técnico em edição de vídeo poderia descobrir a farsa
E ninguém saberia quem será essa pessoa até serem todos desmascarados
Mas talvez fosse tarde demais
Poderiam fugir com o dinheiro para o México
De Kombi
Ele percebe que eu estou pensando
Seu nervosismo aumenta a cada minuto
Não consegue mais soltar a mão da arma
Olha para um colega na outra sala e acena afirmativo com a cabeça
Isso parece tranqüilizá-lo
E se os cinco seguranças pensassem em roubar o dinheiro?
E matassem o técnico
E os funcionários da loja e do posto
E destruíssem as câmeras
Não...
Melhor seria subornar o técnico
E os funcionários da loja
Um deles poderia providenciar que os funcionários do posto não precisassem entrar na loja
Distraí-los
E posicionariam-se em frente as câmeras de modo que o técnico não fosse filmado retirando o dinheiro
Colocaria na maleta de ferramentas vazia
Ou nos bolsos internos do casaco
Apenas notas graúdas
Que seriam passadas para uma sacola escondida ao lado do vaso
Em duas ou três idas ao banheiro
Fora do alcance das câmeras
E depois um por um dos seguranças iria até lá “fazer suas necessidades” e embolsar sua parcela
Mas talvez não conseguissem retirar um valor alto o suficiente
Que lhes desse a segurança necessária
Teriam que dividir entre muitos
Ou não...
Poderiam criar um álibi
Alguém que “roubasse” o caixa usando o técnico como refém
E tivesse um comparsa esperando no carro, fingindo calibrar os pneus
O dinheiro todo do caixa 24 horas seria retirado e colocado em sacolas da loja de conveniência
Mais o dinheiro do caixa da loja
Os seguranças colocariam suas armas no chão
E não ofereceriam resistência
O ladrão e o técnico sairiam pela porta da loja
Com todo o dinheiro
O pessoal do posto não está sabendo de nada
E as câmeras filmam apenas o que acontece dentro da loja
O ladrão coloca as sacolas com o dinheiro no carro do comparsa
Solta o técnico
E foge com o dinheiro
Que depois será repartido entre os oito
E a menina da loja de conveniência
Nove frações de um valor que ninguém sabe exatamente qual é
Pode ser muito pouco
Muita gente pra dividir o dinheiro
Melhor o ladrão matar a menina da loja de conveniência
Antes de fugir
E numa troca de tiros com os seguranças
Matar o técnico
E fugir com o dinheiro
Que depois será dividido entre sete
Muita gente ainda
É melhor ter certeza do valor exato antes
Melhor matar a menina da loja
Um dos seguranças
Apesar do colete, um tiro na cabeça desvia bastante a atenção de quem estiver vendo os tapes depois
Matar o técnico antes de entrar no carro
E matar o motorista na primeira troca de carros
E dividir o dinheiro por cinco
Mas como saber qual o segurança certo pra matar?
E garantir que os outros quatro não vinguem o maldito filho da puta morto
Além disso, um tiro na cabeça não é algo tão simples
E nem pode ser ensaiado
Bom, na verdade nada poderá ser ensaiado
Mas isso não serve como consolo
Não agora
Um carro esportivo velho e mal conservado chega no posto
O cano de descarga faz um estrondo quando ele acelera
Me assusto e bato o braço na garrafa de cerveja
A garrafa vira e antes que eu consiga levantá-la um pouco do líquido escorre na mesa
O segurança olha para seus colegas e me faz um sinal com a cabeça
Com o dedo indicador da mão direita que segura a pistola ele aponta para o banheiro
É lá que está a minha arma
Tomo o resto da cerveja de um gole só
Vou até o banheiro
Puxo a descarga e mando aquele mijo embora
Um pouco da água que passa pelo cano mal vedado pinga em cima da sacola escondida ao lado do vaso
O som da descarga avisa que é hora de prepararem-se na sala ao lado
Retiro a arma que eles deixaram escondida dentro do reservatório de água sanitária
Tiro ela de dentro da bolsa plástica
Confiro
Tem apenas duas balas
Para a menina da loja e o motorista
Apenas os “alvos fáceis”
Preciso de alguma garantia para a hora do rateio do dinheiro
Pego também a outra arma, que está dentro do porta papel-toalha
Esta é por minha conta
Automática
Treze balas
Um número de sorte para mim
Mas o azar de muitos
Coloco a primeira no bolso
E escondo a segunda na cintura
A porta do banheiro não fecha
Melhor não demorar muito
Estamos nos fundos da loja de conveniência
Numa área com mesas para os viajantes descansarem ou se alimentarem
Ele está me esperando na porta que dá acesso à parte principal da loja
Passo pela porta e o segurança me acompanha apenas dois passos atrás
Vou até o freezer e pego outra cerveja
Uma Heineken
Isso não estava nos planos
O combinado era Skol
A Skol é vendida por R$2,00
A Heineken por R$2,50
Eu deveria colocar a mão no bolso e retirar uma única nota de R$2,00
E quando a menina abrisse o caixa sacaria minha arma
Se eu precisasse procurar uma moeda no bolso talvez deixasse a arma aparente
Ou poderia inclusive deixá-la cair
E se precisasse guardar o troco de uma nota maior, talvez a menina fechasse a gaveta do caixa antes de eu sacar a arma
E se ela entrasse em choque e não conseguisse abrir o caixa novamente poderíamos ter problemas
Além disso, ela precisaria se abaixar para pegar o abridor
Heinekens ainda não têm tampa abre-fácil
Enquanto estivesse abaixada ficaria fora do meu campo de alcance
Isso muda muito as coisas
Foda-se
Peguei a Heineken
Pago com três notas de R$1,00
- Fique com o troco!
Pego logo a pistola da cintura
A mais carregada
13 balas
Esbocei um sorriso
O segurança continuou me olhando como se não fosse com ele
Disfarçou
Olhou para os lados
Para o coturno recém lustrado
E fingiu ter ouvido alguém chamar
Levemente deu as costas para mim
Por segundos
Quando virou-se novamente eu estava com a cabeça abaixada entre os ombros
Balançando-a em sinal de negativa
E sorrindo
Levantei a cabeça
E pude ver claramente ele soltar a presilha de segurança que mantém a pistola presa na frente do colete
Me olhou sob as sobrancelhas franzidas
Dando a entender que isso era um aviso
Com o dedo médio ajeitei meus óculos escuros
Joguei o corpo um pouco para trás e cruzei os pés por cima da mesa
Reclinando a cadeira apoiada apenas nos pés traseiros
Estiquei a mão
Peguei a garrafa e dei um gole na minha cerveja
Com as costas da mão esquerda limpei um pouco do líquido que escorria pelo canto da boca
Devolvi a garrafa à mesa fazendo barulho
Agora realmente alguém na sala ao lado havia chamado ele
O segurança olhou para o lado e acenou afirmativamente com a cabeça
Depois disse estar “tudo sob controle”
Estamos em uma loja de conveniência
O caixa 24 horas estragou
Um técnico realiza a manutenção sob a supervisão de cinco seguranças
Ninguém entra nem sai da loja, apenas o pessoal do posto de gasolina
Estou no meu horário de almoço e eles não têm autoridade para me pedir que saia da loja
Poderia facilmente mover um processo contra as três empresas
A que administra a loja
A dos caixas 24 horas
E a de segurança
O segurança nem imagina que estou pensando nisso
Muito menos que o seu emprego pode estar em jogo
Ou será que pensa?
Espero ele voltar a atenção para mim novamente
Mostro a língua pra ele
Muito rápido
Mas por tempo suficiente para que ele perceba
Tomo outro gole de cerveja
Sento a cadeira corretamente no chão
E me levanto para ir até o banheiro
Ele apenas acompanha com os olhos
Disfarçando
Assovia
Uma melodia estúpida e sem musicalidade alguma
A porta do banheiro tem problema na maçaneta e nenhum trinco improvisado
Mijo com a porta parcialmente aberta
O suficiente para que o técnico ouça na outra sala
A tranqüilidade do meu mijo talvez perturbe o seu serviço
A cerveja que eu tomo muito mais
Com certeza
Deixo o mijo ali, sem puxar a descarga
Lavo as mãos e retorno ao meu lugar
O segurança permanece irredutível
Imagino o suor correndo pelo seu corpo sob o pesado colete
A vontade de descarregar a pistola no primeiro idiota que provocá-lo
Um universo de frustrações contidas
Olho em sua direção por um momento e contenho o riso
Abaixo a cabeça escondendo um enorme sorriso com a mão
Percebo ele segurar firme o cabo da pistola
Ele quer intimidar
“Vestiu sua roupa de macho”
Está nervoso
Perdeu completamente a calma que mantinha até um instante atrás
Acho que ele chegou no ponto certo
Nem liga mais para a segurança da máquina
Está até tentando esquecer que tem mais quatro colegas aqui
Quanto dinheiro será que tem naquele caixa 24 horas?
Será que ele sabe?
Será que algum dos seguranças sabe?
O técnico, talvez...
Não
Acho que nenhum deles tem a mínima idéia
Mas, com certeza, se fosse um valor pequeno, não teriam enviado cinco
Apenas um ou dois seguranças
E talvez dois técnicos
Para agilizar o serviço
Não acho que estraguem tantos caixas por dia
E certamente a empresa possui mais de um técnico
Talvez uma dúzia
Porém, dois técnicos poderiam enganar dois seguranças
Talvez até suborná-los
Mas ainda assim haveria as câmeras da loja de conveniência
Eles poderiam negociar com os funcionários para que as câmeras que filmam o local fossem seqüencialmente desviadas por alguns minutos
Para criar uma “zona morta” que permitisse aos técnicos retirar uma quantia de dinheiro do caixa
Mas quem instalou as câmeras ou um técnico em edição de vídeo poderia descobrir a farsa
E ninguém saberia quem será essa pessoa até serem todos desmascarados
Mas talvez fosse tarde demais
Poderiam fugir com o dinheiro para o México
De Kombi
Ele percebe que eu estou pensando
Seu nervosismo aumenta a cada minuto
Não consegue mais soltar a mão da arma
Olha para um colega na outra sala e acena afirmativo com a cabeça
Isso parece tranqüilizá-lo
E se os cinco seguranças pensassem em roubar o dinheiro?
E matassem o técnico
E os funcionários da loja e do posto
E destruíssem as câmeras
Não...
Melhor seria subornar o técnico
E os funcionários da loja
Um deles poderia providenciar que os funcionários do posto não precisassem entrar na loja
Distraí-los
E posicionariam-se em frente as câmeras de modo que o técnico não fosse filmado retirando o dinheiro
Colocaria na maleta de ferramentas vazia
Ou nos bolsos internos do casaco
Apenas notas graúdas
Que seriam passadas para uma sacola escondida ao lado do vaso
Em duas ou três idas ao banheiro
Fora do alcance das câmeras
E depois um por um dos seguranças iria até lá “fazer suas necessidades” e embolsar sua parcela
Mas talvez não conseguissem retirar um valor alto o suficiente
Que lhes desse a segurança necessária
Teriam que dividir entre muitos
Ou não...
Poderiam criar um álibi
Alguém que “roubasse” o caixa usando o técnico como refém
E tivesse um comparsa esperando no carro, fingindo calibrar os pneus
O dinheiro todo do caixa 24 horas seria retirado e colocado em sacolas da loja de conveniência
Mais o dinheiro do caixa da loja
Os seguranças colocariam suas armas no chão
E não ofereceriam resistência
O ladrão e o técnico sairiam pela porta da loja
Com todo o dinheiro
O pessoal do posto não está sabendo de nada
E as câmeras filmam apenas o que acontece dentro da loja
O ladrão coloca as sacolas com o dinheiro no carro do comparsa
Solta o técnico
E foge com o dinheiro
Que depois será repartido entre os oito
E a menina da loja de conveniência
Nove frações de um valor que ninguém sabe exatamente qual é
Pode ser muito pouco
Muita gente pra dividir o dinheiro
Melhor o ladrão matar a menina da loja de conveniência
Antes de fugir
E numa troca de tiros com os seguranças
Matar o técnico
E fugir com o dinheiro
Que depois será dividido entre sete
Muita gente ainda
É melhor ter certeza do valor exato antes
Melhor matar a menina da loja
Um dos seguranças
Apesar do colete, um tiro na cabeça desvia bastante a atenção de quem estiver vendo os tapes depois
Matar o técnico antes de entrar no carro
E matar o motorista na primeira troca de carros
E dividir o dinheiro por cinco
Mas como saber qual o segurança certo pra matar?
E garantir que os outros quatro não vinguem o maldito filho da puta morto
Além disso, um tiro na cabeça não é algo tão simples
E nem pode ser ensaiado
Bom, na verdade nada poderá ser ensaiado
Mas isso não serve como consolo
Não agora
Um carro esportivo velho e mal conservado chega no posto
O cano de descarga faz um estrondo quando ele acelera
Me assusto e bato o braço na garrafa de cerveja
A garrafa vira e antes que eu consiga levantá-la um pouco do líquido escorre na mesa
O segurança olha para seus colegas e me faz um sinal com a cabeça
Com o dedo indicador da mão direita que segura a pistola ele aponta para o banheiro
É lá que está a minha arma
Tomo o resto da cerveja de um gole só
Vou até o banheiro
Puxo a descarga e mando aquele mijo embora
Um pouco da água que passa pelo cano mal vedado pinga em cima da sacola escondida ao lado do vaso
O som da descarga avisa que é hora de prepararem-se na sala ao lado
Retiro a arma que eles deixaram escondida dentro do reservatório de água sanitária
Tiro ela de dentro da bolsa plástica
Confiro
Tem apenas duas balas
Para a menina da loja e o motorista
Apenas os “alvos fáceis”
Preciso de alguma garantia para a hora do rateio do dinheiro
Pego também a outra arma, que está dentro do porta papel-toalha
Esta é por minha conta
Automática
Treze balas
Um número de sorte para mim
Mas o azar de muitos
Coloco a primeira no bolso
E escondo a segunda na cintura
A porta do banheiro não fecha
Melhor não demorar muito
Estamos nos fundos da loja de conveniência
Numa área com mesas para os viajantes descansarem ou se alimentarem
Ele está me esperando na porta que dá acesso à parte principal da loja
Passo pela porta e o segurança me acompanha apenas dois passos atrás
Vou até o freezer e pego outra cerveja
Uma Heineken
Isso não estava nos planos
O combinado era Skol
A Skol é vendida por R$2,00
A Heineken por R$2,50
Eu deveria colocar a mão no bolso e retirar uma única nota de R$2,00
E quando a menina abrisse o caixa sacaria minha arma
Se eu precisasse procurar uma moeda no bolso talvez deixasse a arma aparente
Ou poderia inclusive deixá-la cair
E se precisasse guardar o troco de uma nota maior, talvez a menina fechasse a gaveta do caixa antes de eu sacar a arma
E se ela entrasse em choque e não conseguisse abrir o caixa novamente poderíamos ter problemas
Além disso, ela precisaria se abaixar para pegar o abridor
Heinekens ainda não têm tampa abre-fácil
Enquanto estivesse abaixada ficaria fora do meu campo de alcance
Isso muda muito as coisas
Foda-se
Peguei a Heineken
Pago com três notas de R$1,00
- Fique com o troco!
Pego logo a pistola da cintura
A mais carregada
13 balas
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