10 membradas - 01
- Vamos.
- Só um instante...
- Certo, mas lembre-se, estamos atrasados.
- Sim, sim. Vou me apressar.
- Você sempre diz isso, e mesmo assim...
- Pronto!
- Pegou tudo?
- Claro.
- Não sei, não confio em você. Melhor revisarmos.
- Não é necessário, estou dizendo que está tudo aqui.
- Se não estivéssemos atrasados...
- Não se preocupe, está tudo aqui.
. . .
- Dobre na próxima, à direita.
- Já estamos chegando. Relaxe.
- Difícil. Não me sinto confortável com a idéia de VOCÊ ter pego as coisas..
- Eu já disse que está tudo aqui. Quando você vai acreditar em mim!?
- Certo, certo. Não é motivo para discutirmos.
- Mas é que você
- PEGOU A ROSA?!
- ...
- PEGOU OU NÃO?!
- Eu tinha colocado ela em cima da mesa. Puxa... não acredito que esqueci da Rosa.
- Não acredita?
- ...
- E EU?! O QUE VOCÊ ESPERA QUE EU FAÇA???
- Não sei, talvez ela não apareça...
- Talvez, talvez... DANEM-SE OS SEUS “TALVEZ”!
- Mas..
- Cale a boca. Sabe o que acontece se não chegarmos com a Rosa?!
- Mas eu acho que ela não vai estar lá...
- ELA VAI ESTAR!
- Pelas probabilidades lógicas, ainda temos 50% de chances...
- De quê?
- De ela não estar...
- Esquece. É melhor você não contar muito com os seus 50%. Ela vai estar
- É, mas... pelas probabilidades lógicas..
- Esqueça as probabilidades lógicas! Deixe eu te dizer uma coisa: NÃO FAZ DIFERENÇA ELA ESTAR OU NÃO!
- Mas, eu achei que a Rosa era...
- Você não está aqui para achar nada. Acredite em mim. É um enorme erro aparecermos sem a Rosa.
- Podemos voltar e buscá-la então...
- Não dá tempo. Já estamos atrasados.
- É melhor atrasar-se um pouco mais, mas levar a Rosa.
- Já estamos MUITO atrasados!
- E se nós não formos? Ela nunca saberá que esquecemos a Rosa...
- Se nós não formos, ela virá atrás de nós. E a Rosa não vai resolver coisa alguma.
- E se pegássemos a Rosa e saíssemos da cidade?
- Ela irá nos encontrar. Provavelmente antes de chegarmos no primeiro posto de combustível.
- Podemos encher bem o tanque. Tem um posto logo ali na outra esquina...
- Não seja estúpido!
- Podemos levar galões sobressalentes também. Temos espaço no carro, e assim, não precisaríamos parar pelos próximos novecentos quilômetros...
- Não te ocorre que mais cedo ou mais tarde ela vai nos encontrar?
- Mas...
- Quando você for até o banheiro, quando pedir um café, quando atender um telefone público no meio do nada, quando você estiver no escuro chorando... Ela vai estar logo ali. Do seu lado. Esperando apenas o momento certo...
- Mas...
- E quando passarem anos e anos, e você achar que ela já desistiu. Esqueceu. Não dá mais bola... Ela vai te encontrar na hora mais imprópria. Com as calças na mão. Limpando o seu rabo sujo. E vai fazer você desejar que o seu pai tivesse apenas tocado uma punheta sozinho no banho ao invés de ter ido foder a sua mãe, e a vadia ter gerado um ser tão desprezível como você.
- Mas afinal... porque ela quer tanto a Rosa?!
- Não sei, essa é uma das coisas dessa vida que nós nunca entenderemos.
- ... não pode ser verdade...
- É a mais pura verdade. Chegamos.
- E o que vamos fazer?!
- Você eu não sei, mas eu preten...
- Vamos.
- Só um instante...
- Certo, mas lembre-se, estamos atrasados.
- Sim, sim. Vou me apressar.
- Você sempre diz isso, e mesmo assim...
- Pronto!
- Pegou tudo?
- Claro.
- Não sei, não confio em você. Melhor revisarmos.
- Não é necessário, estou dizendo que está tudo aqui.
- Se não estivéssemos atrasados...
- Não se preocupe, está tudo aqui.
. . .
- Dobre na próxima, à direita.
- Já estamos chegando. Relaxe.
- Difícil. Não me sinto confortável com a idéia de VOCÊ ter pego as coisas..
- Eu já disse que está tudo aqui. Quando você vai acreditar em mim!?
- Certo, certo. Não é motivo para discutirmos.
- Mas é que você
- PEGOU A ROSA?!
- ...
- PEGOU OU NÃO?!
- Eu tinha colocado ela em cima da mesa. Puxa... não acredito que esqueci da Rosa.
- Não acredita?
- ...
- E EU?! O QUE VOCÊ ESPERA QUE EU FAÇA???
- Não sei, talvez ela não apareça...
- Talvez, talvez... DANEM-SE OS SEUS “TALVEZ”!
- Mas..
- Cale a boca. Sabe o que acontece se não chegarmos com a Rosa?!
- Mas eu acho que ela não vai estar lá...
- ELA VAI ESTAR!
- Pelas probabilidades lógicas, ainda temos 50% de chances...
- De quê?
- De ela não estar...
- Esquece. É melhor você não contar muito com os seus 50%. Ela vai estar
- É, mas... pelas probabilidades lógicas..
- Esqueça as probabilidades lógicas! Deixe eu te dizer uma coisa: NÃO FAZ DIFERENÇA ELA ESTAR OU NÃO!
- Mas, eu achei que a Rosa era...
- Você não está aqui para achar nada. Acredite em mim. É um enorme erro aparecermos sem a Rosa.
- Podemos voltar e buscá-la então...
- Não dá tempo. Já estamos atrasados.
- É melhor atrasar-se um pouco mais, mas levar a Rosa.
- Já estamos MUITO atrasados!
- E se nós não formos? Ela nunca saberá que esquecemos a Rosa...
- Se nós não formos, ela virá atrás de nós. E a Rosa não vai resolver coisa alguma.
- E se pegássemos a Rosa e saíssemos da cidade?
- Ela irá nos encontrar. Provavelmente antes de chegarmos no primeiro posto de combustível.
- Podemos encher bem o tanque. Tem um posto logo ali na outra esquina...
- Não seja estúpido!
- Podemos levar galões sobressalentes também. Temos espaço no carro, e assim, não precisaríamos parar pelos próximos novecentos quilômetros...
- Não te ocorre que mais cedo ou mais tarde ela vai nos encontrar?
- Mas...
- Quando você for até o banheiro, quando pedir um café, quando atender um telefone público no meio do nada, quando você estiver no escuro chorando... Ela vai estar logo ali. Do seu lado. Esperando apenas o momento certo...
- Mas...
- E quando passarem anos e anos, e você achar que ela já desistiu. Esqueceu. Não dá mais bola... Ela vai te encontrar na hora mais imprópria. Com as calças na mão. Limpando o seu rabo sujo. E vai fazer você desejar que o seu pai tivesse apenas tocado uma punheta sozinho no banho ao invés de ter ido foder a sua mãe, e a vadia ter gerado um ser tão desprezível como você.
- Mas afinal... porque ela quer tanto a Rosa?!
- Não sei, essa é uma das coisas dessa vida que nós nunca entenderemos.
- ... não pode ser verdade...
- É a mais pura verdade. Chegamos.
- E o que vamos fazer?!
- Você eu não sei, mas eu preten...
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