20060618

18062006a

Já é tarde demais para morrer
sem novidades nem alarde e nem ninguém
eu vou contar só pra fingir te convencer
porque uma dúzia de garotas
ainda duvida que isso possa acontecer

já é tarde demais para sonhar
há um trem atrasado
a trezentas milhas daqui
até posso ouvi-lo apitar
já é tarde demais pra sonhar

eu nunca estive tão longe
por tanto tempo antes
já é tarde demais pra voltar
pra encontrar as pessoas iguais
uma luz apagada é um consolo
e o sono que luta contra um telefone
que não pára de tocar

já é tarde demais para o bar
pras piadas que fazem chorar
para os drinques e brindes
pagos por outro rapaz
já é tarde pra ele, já é tarde pra nós
o hoje é tarde demais

já é tarde demais pra arrastar
os sapatos cansados de andar
há uma sombra sem par
sob as estrelas que não param de lembrar
já é tarde demais para o bar
já é tarde demais pra voltar
já é tarde demais pra sonhar
já é tarde demais pra morrer
já é tarde demais pra você
e pra mim