21042005a
Coincidência ou não, o alquimista me disse que o sangue dos invejosos estava mais gasto e descolorido que o sangue dos não invejosos. Foi a partir dessa descoberta que o Frei feiticeiro escreveu um tratado sobre a inveja, revelando que todo o processo era detonado primeiro pelos olhos. Os cegos têm menos inveja que nós que enxergamos tudo, pode reparar, me dizia. É na córnea que está o código. Uns nascem com ele, outros não. A imagem do que vai ser invejado é captada no buraco do olho que é a pupila, caminha até o código que provoca a inveja, podem ocorrer pequenas ou grandes descargas de adrenalina no corpo e aí aumentam os batimentos cardíacos e, conseqüentemente, o volume de sangue que corre nas veias do invejoso.
Os estragos encontrados pelo alquimista no sangue dos que cobiçam demais a felicidade alheia podem ser decorrentes dessa tempestade que se instala no rio vermelho que carregamos dentro da gente, toda vez que a fábrica da inveja é ativada. Ele escreve no tratado que esses temporais microscópicos quando se tornam constantes adiantam o envelhecimento. Relata os nomes dos monges que tinham olhos ruins e que serviram de cobaias para a pesquisa dizendo que muito antes de completarem 40 anos já aparentavam 60. E o que achei mais impressionante, depois de passar uma vida inteira produzindo inveja, essas pessoas acabam tendo as mesmas feições, as mesmas expressões faciais; a inveja as deixa semelhantes, como fazem as síndromes mais raras com os seus portadores. Identificar essa gente não é difícil. O frei relata que os invejosos são escravos daquele código que acredita existir na córnea. Eles não têm controle sobre os próprios olhos e este é o ponto fraco. Não conseguem disfarçar. O código comanda e a inveja imediatamente é cristalizada em olhares, atitudes, palavras, maldade...
Eny e o grande bordel brasileiro
(Luscius de Mello)
Coincidência ou não, o alquimista me disse que o sangue dos invejosos estava mais gasto e descolorido que o sangue dos não invejosos. Foi a partir dessa descoberta que o Frei feiticeiro escreveu um tratado sobre a inveja, revelando que todo o processo era detonado primeiro pelos olhos. Os cegos têm menos inveja que nós que enxergamos tudo, pode reparar, me dizia. É na córnea que está o código. Uns nascem com ele, outros não. A imagem do que vai ser invejado é captada no buraco do olho que é a pupila, caminha até o código que provoca a inveja, podem ocorrer pequenas ou grandes descargas de adrenalina no corpo e aí aumentam os batimentos cardíacos e, conseqüentemente, o volume de sangue que corre nas veias do invejoso.
Os estragos encontrados pelo alquimista no sangue dos que cobiçam demais a felicidade alheia podem ser decorrentes dessa tempestade que se instala no rio vermelho que carregamos dentro da gente, toda vez que a fábrica da inveja é ativada. Ele escreve no tratado que esses temporais microscópicos quando se tornam constantes adiantam o envelhecimento. Relata os nomes dos monges que tinham olhos ruins e que serviram de cobaias para a pesquisa dizendo que muito antes de completarem 40 anos já aparentavam 60. E o que achei mais impressionante, depois de passar uma vida inteira produzindo inveja, essas pessoas acabam tendo as mesmas feições, as mesmas expressões faciais; a inveja as deixa semelhantes, como fazem as síndromes mais raras com os seus portadores. Identificar essa gente não é difícil. O frei relata que os invejosos são escravos daquele código que acredita existir na córnea. Eles não têm controle sobre os próprios olhos e este é o ponto fraco. Não conseguem disfarçar. O código comanda e a inveja imediatamente é cristalizada em olhares, atitudes, palavras, maldade...
Eny e o grande bordel brasileiro
(Luscius de Mello)
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