28122004A
Pessoas sozinhas não têm pressa. A vida não precisa ser atropelada, pois não há ninguém esperando. Há um ano eu me despedi de um amigo. Por motivos de força maior e muito a contragosto. Mais que um amigo, um companheiro. Pois poucos amigos me acompanharam tanto, em tantos momentos. Talvez ele tenha se despedido de mim, para que eu não tivesse que me despedir de tantos outros. Talvez houvesse chego a hora. Talvez não. Talvez, talvez. Há pouco menos de um mês eu me despedi de duas pessoas que eu amo muito, e que deixaram uma dor enorme que me visita em todos os momentos do meu dia. Hoje eu me despedi de mais duas pessoas, que igualmente amo e que já me fazem falta há pouco mais de uma hora. E quando começa a sobrar tempo no meu dia, o tempo que essas pessoas ocupavam, começo a perceber que o tempo às vezes pode ser desagradável. Que todo o tempo do mundo talvez não seja o bastante para quem está sozinho. E ao ver todos indo embora, por quanto tempo nunca sei, vejo que, ao contrário do que se espera, a cidade vai ficando pequena. Ela começa a esmagar. Pois são as pessoas que nos amam e que nós amamos, que abrem espaço no seu dia, na sua vida, para que possamos transitar livremente. Sem a solidão sufocante dos que ficam para trás . . .
Pessoas sozinhas não têm pressa. A vida não precisa ser atropelada, pois não há ninguém esperando. Há um ano eu me despedi de um amigo. Por motivos de força maior e muito a contragosto. Mais que um amigo, um companheiro. Pois poucos amigos me acompanharam tanto, em tantos momentos. Talvez ele tenha se despedido de mim, para que eu não tivesse que me despedir de tantos outros. Talvez houvesse chego a hora. Talvez não. Talvez, talvez. Há pouco menos de um mês eu me despedi de duas pessoas que eu amo muito, e que deixaram uma dor enorme que me visita em todos os momentos do meu dia. Hoje eu me despedi de mais duas pessoas, que igualmente amo e que já me fazem falta há pouco mais de uma hora. E quando começa a sobrar tempo no meu dia, o tempo que essas pessoas ocupavam, começo a perceber que o tempo às vezes pode ser desagradável. Que todo o tempo do mundo talvez não seja o bastante para quem está sozinho. E ao ver todos indo embora, por quanto tempo nunca sei, vejo que, ao contrário do que se espera, a cidade vai ficando pequena. Ela começa a esmagar. Pois são as pessoas que nos amam e que nós amamos, que abrem espaço no seu dia, na sua vida, para que possamos transitar livremente. Sem a solidão sufocante dos que ficam para trás . . .
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