20041118

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... um soldado pequeno, sob o céu muito alto; um soldado que segue o seu caminho, com suas grandes botas, o seu cinturão e sua mochila, que esquece depressa, e raras vezes fica triste; que avança sempre sob o grande céu da noite.
Um pequeno soldado e uma boa voz; se alguém o acariciasse, talvez já não o compreendesse, este soldado com as grandes botas e o coração endurecido, que marcha porque usa botas e porque esqueceu de tudo – só sabe marchar.
Para além do horizonte, há flores e uma paisagem tão tranqüila que gostaria de chorar, o pequeno soldado. Lá, há imagens que ele não esqueceu, porque nunca as possuiu – são perturbadoras, mas estão perdidas para ele. Não é lá que estão seus vinte anos?

(erich maria remarque)
nada de novo no front