20050822

22082005a

Virei um coração
e vi ele virar uma espada
enfim, quem viu meu coração?
uma dama, Q dama?
em frente, enfrente, em frente
vale-te de espadas?
veja bem, minha cara, enganada
valente, valente, valente
a sua imagem já olhei o bastante
pude vê-la velha muito antes
e não quis destruir
desmanchar o seu jogo
jovens como eu jamais vão entender
entenda, me entedia

marcadas! todas elas, marcadas!
flores, serão só flores quando eu me for?
minha força de vontade se vai, se foi
um único tom rubro, vivo, pulsante
contraposto à negra morte na mão de minha espada

virei um coração ao avesso
um eclipse do meu desejo
tinha modos, tinha amores
mas agora tenho medo
tropecei nas palavras
os números são falso sossego
letras fogem à seqüência dos fatos
fico, mas fico louco

20050809

09082005a

Não amo a vida o suficiente para temer a morte.

Os Três Mosqueteiros
(Alexandre Dumas)

20050803

03082005a

Me massageia com seus dentes
me diz que já não sente, mais nada
me manda uma carta
mentindo descarada mente

doa a tua boca, teu peito
duvida dos meus medos
me dá uma droga que diga
o que deve ser feito

e enfim
quando eu
me for
fará sentido
se só
a sua
dor
levar comigo
adoro
essa
canção
e durmo ouvindo
a falta
que
me faz
sua voz mentindo

como
será
amanhã
quando eu já
não lembrar
de ti
quem
você irá
odiar
ou o que
o dia
dirá
de mim

me diz
mais uma vez
que já
estamos mal
pois mal
me disse
adeus
e desabei